Você já parou para pensar com que frequência você tem elogiado e criticado seu filho? Se fizer esta análise, é provável que o número de críticas seja maior que o de elogios e que estas críticas muitas ve­zes foram acompanhadas de ofensas, generalizações sem sentido e comen­tários desestimulantes tais como “você é muito feio”, “que vergonha”, “como você é sem modos”, “você nunca toma cuidado”, “seu de­sastrado”, “você não vai aprender nunca”, “você nunca faz as coisas cer­tas” e tanto outros.

O objetivo dos pais é corrigir atitudes inadequadas, e nisto estão corretos. Talvez a maneira de atingir este objetivo muitas vezes não seja a ideal. Veja por exemplo a situação daquele estudante que está cursando dez disciplinas e recebe uma bronca enorme dos pais porque foi mal em uma delas, mas não ouve um comentário sequer sobre as outras nove nas quais teve um desempenho excelente.

Todo mundo gosta de receber elogios, principalmente quando estes são sinceros, descompromissados, que não esperam nada em troca. Para a criança, o elogio é uma força poderosa, pois a liberta para buscar novos desafios sem medo de errar e ser severamente criticada por isto. E uma criança confiante, reconhecida pelo que faz e pelo que ela é, buscará em sua trajetória novos estímulos através de atitudes cada vez mais corretas e adequadas.

Não estou defendendo a ideia de que se deve evitar corrigir erros ou criticar atitudes e comportamentos inadequados. A crítica bem colocada, centrada no problema em si e não em possíveis deficiências pessoais, é importante para que os erros possam ser assimilados e cor­rigidos. Nestes casos, o importante é analisar o fato em si e suas consequências, deixando de lado comentários pessoais e a aplicação de rótulos.

Não há dúvidas de que a valorização do que é bom produz muito mais resultados do que a crítica do que está errado.

Por falar nisto, você já elogiou seu filho hoje?